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Resumo da monstruosa realidade

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E há quem desacreditou em apocalipse. Não haverá mesmo o apocalipse? Ele já está acontecendo. Almas estão sendo reveladas, pessoas estão sendo moldadas, transformadas pelo excesso de anormalidade, que de tanto ocorrer, já está até, banal. E estamos à mercê de tanta coisa... Do terrorismo, do escravismo revestido pelo sistema, do dinheiro que aprisiona a inocência, do fanatismo religioso, da usura permanente, do abismo que se propagou.  Hoje, ao mesmo tempo em que reclamamos do descaso com que esta mídia manipuladora situa cada acontecimento merecedor de atenção, tememos e nos encurralamos em nossa própria fragilidade quando a verdadeira realidade é mostrada. Ao mesmo tempo em que nos encurralamos, precisamos sair de nossas casas e enfrentar a brutalidade lá fora. Acredite é uma tapa na cara.  Ao mesmo tempo em que nos dizem para não roubar e matar, nos presenteiam uma situação tão catastrófica e mesquinha que acabam “sem querer” nos permitindo a fazermos o que antes havia nos proíbido.  Ao mesmo tempo em que impõem nossos direitos, nos enganam com uma falsa democracia atendendo aos pedidos das grandes elites e nos deixando em um país onde o pobre cada vez fica mais pobre, e o rico cada vez mais rico. Desinformam-nos. Ridicularizam-nos. Não se deve, aliás, espantar-se ao retratar todas estas deficiências, onde nos dão a opção de escolha, entre o corrupto que faz e o corrupto que não faz. Que tal o não corrupto?  Utopia. Sim, este último é utopia. Ora, a corrupção está no sangue de todos os homens. Perdi a conta de quantas pessoas me tomaram na fila ao tirar o título eleitoral pelo simples fato de ter conhecidos lá dentro. E o respeito? E o poder da cidadania? Escafederam-se.  Ao mesmo tempo em que nos disponibilizam uma segurança ridícula e absurda, somos roubados, estuprados, sequestrados. Primeiro tiram-nos o direito, depois, como sanguessugas, tiram-nos a vida. Estão desviando nosso foco com o futebol, copa do mundo, e com a menina que voltou do Canadá. Estão assassinando o restinho de senso crítico da qual AINDA possuímos. Estão judiando nossa humilde e única existência. Não temos liberdade de sair, dá uma pedalada, pois somos bombardeados pelas vítimas do sistema, pelos vagabundos e marginalizados.  Não podemos ir a uma loja trocar nosso vestido, nem ir à farmácia comprar nosso remédio, no caminho, somos sequestrados, estrangulados e assassinados a tiros à queima roupa.  Alguém pode me dizer onde eu estou? Por favor, confortem-me, digam-me que isto aqui não passa de uma peça teatral que de tão real, me fez pensar que fosse terra.

Palavras-chave: FAROESTE, BANG BANG, MÁFIA, PRISÃO, DESAMOR.

 

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Mariane Rodrigues ESCRITO POR Mariane Rodrigues Escritora
Maceió - AL

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Comentários

Ron Perlim
Ron Perlim

Os conflitos existiram, existem e existirão. Cabe ao Estado coibir ou amenizá-los. Se não faz uma coisa, nem outra, porque algo estar errado. Como o sistema é denominado "Estado de Direito", logo, exigem-se eleições. E as eleições tem candidatos e eleitores. Se os eleitores escolhem mal, todo o sistema se torna péssimo. Como, pois, solucionar o problema da escolha?

Mariane Rodrigues
Mariane Rodrigues

Há um grande paradoxo, e eis uma inteligente indagação sua. Para que o eleitor tome sua decisão corretamente que o beneficie e beneficie o restante da sociedade é preciso uma alta educação social, uma abertura de mente que só uma sociedade desenvolvida consegue possuir. O problema é que a nossa não possui, a não ser as elites, da qual não devemos nem pronunciar tal classe, já que nos querem mais burros do nunca. Mas para que a gente possa ter tudo isso, precisa tomar as decisões certas. Tem que alcançar uma coisa para conseguir outra. Mas como? Se não conseguimos nem sequer uma delas?

Ron Perlim
Ron Perlim

Acredito na reeducação política. E a reeducação política independe de classe ou escolaridade. Se a sociedade que tanto almeja mudança não se mobilizar nesse sentido, todos os esforços são inúteis. O TSE estar com a propaganda do voto limpo (estou escrevendo uma crônica sobre isso). Tolice! Enquanto isso, candidatos sujos apoiam candidatos "limpos".

Mariane Rodrigues
Mariane Rodrigues

Não adianta Ronaldo, a classe pobre antes de pensar num futuro a longo prazo, eles querem aqui e agora. Por isso vivem vendendo votos, não pesquisando seus políticos, porque ao invés disso eles estão ocupados com seus sustento e com a violência que bate a sua porta. O que sei é que precisa da iniciativa do povo, ou do governo pra algo andar pra frente. Ah, quando terminar de escrever, quero ler sua crônica. Beijos!