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Sinais

Quão bela chuva que cai no verão mais doido de Janeiro,
Trás consigo cheiro de terra, dança flor de laranjeira em único balanço,
Certeza que nesta vida largaria esta sensação por nenhum dinheiro,
Sinal que o momento tornou-se irradiante em degradês do preto ao branco.

Me atrai sensível, aguça, tranquiliza,
Faz querer mais, hipnotiza, faz sonhar e realiza.
Coisa de outro mundo, me acende só com aromas,
Cheiro leve, de brisa breve, marcas na pele, vestígios de teus sintomas.

De prazer simples, psicodelia avançada,
Há procura infinita, nesta experiência sempre mal acabada.
Todos os segundos dos tempos são poucos pra beijar teu pescoço,
És descontrole em pessoa, não há como resistir tatear teu corpo.
Sentir teu suspiro quente é surreal devido às condições,
Neste estágio meu coração já perdeu o ritmo há tempos,
Só quer enlouquecer encostado em teu peito,
Nada mais importa, instantes em que o mundo gira devagar,
Apenas fico a admirar-te, linda, ofegante e suave como se flutuasse aos ventos.

No partir, há preguiça, pensamentos ao som dos Beatles,
Solitários luares de tristes magias, meio calmos, meio aflitos.
Mas na volta, ah, a volta, nossos encontros deviam chamar-se “Insaciáveis ares”,
Fogo contido, exposto em cada traço dos olhares,
Pelos arrepiados presentes ao toque em cada um de teus detalhes.

Teu sorriso anuncia que o dia será incrível,
Beijar teus ombros, sinais da loucura descritos em única cena,
Universo visto de teus olhos castanhos, lembrete de um amor invencível,
Teus lábios sussurrando em meu ouvido, sinal que a noite será pequena.

 

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Iury Ranieri ESCRITO POR Iury Ranieri Compositor
Coruripe - AL

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