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Minha casa é um boteco, sinta-se convidado.

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Fiz da minha casa um boteco de pensadores endiabrados.

Sirvam-se à toda a hora, não é permitido pedir permissão.

Ficar calado também não.

Fiz da minha casa um boteco para fugir da solidão.

Quanto mais velhos, melhor.

E quero as conversas chatas que só um 'bebum' pode suportar.

E quero os tapas chatos nas costas que só um 'bebum' pode agüentar.

E se me faço de 'bebum', me suporte, me aguente...

Minha casa é um boteco e fiz dela assim, para dizer juntos aos meus companheiros que político é ladrão.

Para falar da vizinha que fugiu de casa.

E para falar das novas que percorrem mundo afora.

Se puder falar de literatura, corre ao meu boteco, não mais minha casa, na rua da bebedeira número que até Deus desconhece.

E se quiser falar de raparigas belas e oferecidas que tanto as admiro, vem ao meu boteco,

Meus parceiros sabem tudo sobre o assunto.

E mulheres, se quiserem falar dos cabras raparigueiros, vem cá que eu vos conto um segredo.

Pode ser papo de 'bebum', mas vale considerar.

Se quer jogar a tristeza para o fim do mundo, ora bolas!

Meu boteco tá de portas abertas para você.

Tem cervejas de todas as qualidades.

Aqui, 24 horas por dia, estou eu em minha mesa redonda.

Esteja ela somente comigo, ou rodeada de outros amigos.

Mas sempre funcionando.

Se quiser cervejar uma vida... Estamos aqui.

Se quiser ser um doido varrido... Também estamos aqui.

Abraços da dona do boteco.

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Mariane Rodrigues ESCRITO POR Mariane Rodrigues Escritora
Maceió - AL

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Comentários

Ron Perlim
Ron Perlim

Sua prosa poética possui poesia que cheira a vida, quer sorve a vida. Abraços!!!