(In)sanidade Lírica
A literatura me salvou do caos iminente de mim mesma. Destarte, visando acolher os leitores dados a sozinhez, as vozes que ecoam da minh'alma sopraram versos e estórias apaziguadoras aos ouvidos do meu alter ego escritor. O dito cujo, assim como eu, adora difundir cultura e extravasa espontaneidade por onde andarilha. Consequentemente, ele acabou deixando seus devaneios irrequietos e desapegados de si, rumando, assim, aos vossos lares.
Peço-lhes que busquem compreendê-los e não tão somente entendê-los. Eles foram concebidos com um amor que é mais sublime que o próprio desejo de amar. Neles, foram acrescidas as mais diversas emoções que permeiam a essência humana em sua totalidade. Dito isto, ressalto: busquem compreendê-los. Tal como um âmago quebrantado que é sedento do aconchego querençoso, os poemas, crônicas e contos dispostos na presente coletânea, gozam do mais intrínseco anseio por acolhimento.
Escrito por uma leitora para serenar a angústia interior de outros leitores, (In)sanidade Lírica, talvez, não seja um livro que, mediante o primeiro olhar, desabroche. Ele é tímido e ousado; fugaz e avultado. Portanto, é uma obra para poucos. Não se atreva a fugir do seu enervamento pueril! Ele esbraveja, mas é suave feito um vulcão em erupção. Disparatado, não é? Eu nunca tive a intenção de tornar o seu teor explícito. Apenas se joguem nesse mar de lirismo, pois é chegada a hora do início do fim.