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INQUIETAÇÕES: uma reflexão poética da vida humana

28 de Outubro de 2013
11 de Janeiro de 2014

Prefácio

Desde criança o ser humano é levado a afastar-se cada vez mais de si mesmo e a integrar-se a realidade da maioria – “escolha” quase nunca refletida ou conscientemente realizada, mas, pelo contrário, fruto apenas da tradição!

Isso, por sua vez, além de perigoso, é extremamente prejudicial à vida humana, visto que, vivendo-se sem a menor observância dos próprios passos, chega-se aonde, na maioria das vezes, não se queria chegar. Ou seja, o que deveria ser o conjugar de um verbo, o usufruto de uma vida, converte-se em uma indústria de marionetes a serviço de caprichos, ambições e ideologias de uma elite consciente do que é, donde está inserida e do que quer manter ou alcançar.

E isso acontece, entre outros motivos, porque o caminho percorrido é ocupado por um viajante que não sabe o rumo ou o persegue por “escolhas” alheias, tornando-se a caminhada indecifrável e pedregosa, levando o caminhante a desistir ou conformar-se com qualquer chegada como se fosse o final da jornada.

Neste sentido, é urgente o enfrentamento e a superação do desconhecimento de si mesmo e do chão onde se pisa (alienação) - uma vez que sem isso, não é possível ter vida humana, pois esta não se confunde com o simples ato de existir, mas requer o exercício da faculdade de pensar -, e este, por sua vez, somente se faz a partir da inquietação.

Inquietar-se é não se manter quieto, acomodado, inerte, alheio ao mundo. Inquietar-se é não conseguir ficar de braços cruzados, pernas passadas ou boca fechada diante do que se vê, ouve, sente, degusta, cheira. Inquietar-se é não conseguir ficar indiferente diante daquilo que urge tomada de posição.

É, portanto, este o propósito do livro Inquietações: uma reflexão poética da vida humana: expressar com a doçura da poesia e a “beleza da metáfora” as inquietações originadas de uma observância mais atenta da vida cotidiana, e por meio da socialização destas, despertar maior atenção das pessoas às suas próprias vidas e ao contexto onde estão inseridas.

A obra é composta por 100 poesias escritas entre 2004 e 2008, divididas em duas partes, a saber: 1) Introspecções; 2) Extrospecções. Na primeira parte, adentro nos temas aparentemente fúteis da vida humana, questionando comportamentos, valores e expressando as angústias, os medos, os vícios e demais sentimentos que, embora sejam comuns à condição humana e alicercem a nossa conduta, são ignorados pela maioria e estudados apenas por alguns privilegiados. Já na segunda, expresso meu incômodo com a situação sociopolítica, ambiental, econômica e cultural/religiosa do povo brasileiro, em especial o nordestino, buscando refletir o cotidiano coletivo com encanto e criticidade.

Em cada poesia busco expressar a situação em que meu espírito se encontrava naquele exato momento, motivo pelo qual optei por manter junto ao título a data da criação de cada uma delas. E assim o fiz para dar evidência ao fato de que se trata de uma obra de um pensador em construção, de um processo intelectual que vai enfrentando o desafio de se autosuperar a cada novo momento.

Deste modo, a obra Inquietações:uma reflexão poética da vida humana constitui-se numa tentativa de contribuir com o enfrentamento e a superação da realidade mesquinha na qual nos encontramos por meio da conquista de corações e mentes para uma nova postura individual e coletiva frente ao mundo que nos cerca.

Para adquirir o livro impresso acesse o site da Editora Protexto ou entre em contato com o autor ([email protected] ou http://valcimelo.blogspot.com.br).

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