A aspereza da tua textura
Entre meus dedos esvaecida
Pela umidade amolecida
É sentida.
No ar, de agreste olor
O teu cheiro embevecido
Destoa a brisa em calor
Qual elixir vital é preterido
Estás pronta!
Fendas abertas olham para o céu
Em escarcéu
Recebem as sementes
Que o limbo prenuncia e fertiliza
No âmago
A fartura da colheita
Safra feita.
(Lucy Almeida, Maceió, 03.03.2016, às 23:14 h)