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Tão simples... que por todo o momento é o que precisamos.



 

Terminei 2010 bem. Bem, quero dizer, acreditando em um 2011 mais feliz.

 Em poucos minutos fiz da minha vida um livro de retrospectivas... mesmo assim, vejo que ainda tenho novos caminhos a trilhar por simplesmente buscar um ideal no qual acredito.

Segui os últimos dias de 2010 com muita força e coragem e que ainda me encaminham para um Ano Novo contemplativo de novos segundos que surgem cheios de esperança, imune a paixões e indolor de  explosões, porque às vezes me vejo enchente  em terra seca, fogo em ventania, transbordante numa predisposição imensa em venerar sentimentalidades tão típicas do ser vulnerável à razão. E neste devaneio, na falta de luz (pois faltou energia na hora H da virada de Ano) foram muitas as velas clareando a sensação do novo, queimando o que era velho e incensando possibilidades tão almejadas e muitas vezes ainda não vindas na proporção  na qual esperamos. E nem por isso parei. Ao contrário, sigo e a cada passo trilho.

Nesta constante busca, o que se salva é a consciência do que se mostra verdadeiro. Nessa imensa fronteira entre o mundo virtual e o real, caminham, da mesma forma, nossos imensuráveis sentimentos... tão envolvidos e tão envolventes que nos encantam e nos manipulam diante de nossas próprias e inevitáveis descobertas. O certo? É sermos francos com nós mesmos.  Sermos verdadeiros com o amor, com a alteridade, incondicionalidade, nunca  esperando nada em troca. Talvez possa isso fazer-nos melhor, sentindo como um abraço a brisa do amanhecer. Não importa se com muitos ou poucos amigos vivemos, se muito ou pouco de família temos, se aprisionado ou não à própria solidão, nós damos giros imensos tal como rodas-gigantes e em uma total e imutável equidade, abastecendo-nos de uma consciência verdadeira de humanidade e de sentimentalismos reais, recíprocos.

Se nunca tentou? Tente fazer o outro mais feliz e veja se não sentirá feliz também. São as próprias descobertas sempre e tão profundamente bem guardadas que evidenciam a simplicidade de, por si só, viver bem, sem ter que  buscar  isso muito longe.

É dentro de nós que buscamos a paz. É dentro de nós que mudamos reconhecendo os erros, fúteis ambições, a dor pelo que nós falta, pelo que nos incomoda ou pelo que não aceitamos ou com o que não conseguimos conviver. Tudo isso nos impede de aceitarmos as diferenças e redescobrirmos o que de bom há no novo.

Não sou especialista em Filosofia, nem Espiritismo, nem cristã ferrenha, nem prego a psicologia de auto-ajuda, mas também não sou acética, nem desacredito no poder do amor, porque ele move tudo e nos encoraja a seguir em frente, a caminhar com mais calma,  com mais atmosfera e clareza, tornando inevitável sentirmos bem. Tão simples... que por todo o momento é o que precisamos.



 

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Lucciana Fonseca ESCRITO POR Lucciana Fonseca Escritora
Maceió - AL

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