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Indignação

Escrevo como alguém
Que foge de si mesmo
Que luta com a solidão
Que teme seus próprios medos

Como se buscasse refúgio
Nos falsos moralistas

E mexesse com o repúdio
Daqueles individualistas

No caminho, há opção
Pra traçar sem régua o destino
Nas incertezas e nas vias
Do devaneio, do desatino

Como as lágrimas que escorrem
Na face dos imperfeitos
Como as escolhas de uma vida
Arrodeada de defeitos

Tentanto o céu tocar
Flutuando em precipício
O medo ruge e
o vento flui indeciso

Dores de quem partiu
Eu engulo de uma só vez
Sem cerimônia, sem julgamento
Chegou a minha vez

Eu quero mudar o mundo
Mudar a opinião
Da massa que fede, inútil
Comendo tudo com a mão.


03.04.2009
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Cristiane Melo ESCRITO POR Cristiane Melo Escritora
Arapiraca - AL

Membro desde Abril de 2010

Comentários

IORGAMA PORCELY
IORGAMA PORCELY

Olá Cristiane!! Dei uma passadinha aqui para ler seus textos, gostei da forma como você escreve e especialmente desse poema. Muito boa a última parte: "Eu quero mudar o mundo Mudar a opinião Da massa que fede, inútil Comendo tudo com a mão." Está de parabéns! =)

Dan Moreyra
Dan Moreyra

Nooooooooooooooossa!! Muito bom!!! Gostei muito!!!

Leonardo Bomfim
Leonardo Bomfim

Gostei da parte "Tentando o céu tocar Flutuando em precipício..." Mas adorei o seu poema inteiro!