O mundo corria veloz. Todos seguiam um ritmo frenético, que direta ou indiretamente, levava ao caminho dos seus próprios sonhos. O sol incidia forte e os gritos do superior chegavam estrindentes aos ouvidos. À passos firmes caminhava a tropa, seguindo sistematicamente os companheiros que estavam milimetricamente à sua frente. A todo momento relembrava-se que a mente domina o corpo. Mas cansados corpos pareciam não se importar mais com meros princípios psicológicos. Os gestos pareciam descompansados e a incrível máquina agora mostrava-se fraca através de expressões tensas. Corriam a favor dos seus destinos, mas contra seus próprios limites. Inevitavelmente, algo pior esperava alguns logo mais. E eu no meio daqueles estava, lutando contra os movimentos involuntários que se sucediam cada vez em menores intervalos.
Foi quando travei uma batalha feroz. Usei todas as minhas forças, mas não pude resistir. Perdi para meu pior inimigo...perdi pra mim mesma.
O que me restam são cicatrizes de uma luta, entre tantas outras, da guerra que é viver.
Comentários
Nossa! Quanto talento! Fiquei boquiaberto. Parabéns! Continua postando os seus textos, eles são muito bons!