Esquinas
Esquinas
Olhe, que rostos esquisitos!
Nesta pessoa que passa as suas pegadas são fortes, barulho de chinela, diferente de tudo que já ouvi.
Olhos que são expressão das almas aflitas, deprimidas, esquecidas por quem achou que te amou...
Quantas são as cabeças em seus mundinhos?
E lá está sempre atento, no seu pão de cada dia: os ambulantes de variados sotaques, revestindo as ruas de um “colorido sonoro”.
Misturando-se entre os transeuntes, filósofos das ruas e profetas enlouquecidos ditando códigos do fim do mundo!
Cadê a rua do fim da rua?
A vilazinha que brincávamos?
Foram engolidas por esquinas dentro de esquinas, eternamente esquinas.
Mas essas esquinas, que nos impõe destinos desconhecidos,
Oferecem-nos o mundo que conseguimos viver, reviver em emoções.
Essas esquinas, tão modernas e urbanas, nos assustam também.
São mãos dependente que nos rouba, assustadoramente compreensiva!...
A minha esquina que um dia era grande e confusa
Desapareceu e deu lugar a compridas ruas sujas e nebulosas de poluição.
Eu, talvez, quem sabe, Se serei uma esquina de minhas memórias.
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