Confissões parte I
Confissões:
- a vida, ás vezes, nos tira o que mais queremos.
Seja lá qual for o motivo: morte, riqueza, poder, indecisão, ou outro obstáculo qualquer. Nós temos que nos separar de quem mais amamos, do que mais desejamos, dos sonhos mais brilhantes ou dos objetivos mais importantes.
É disso que mais tenho medo: perder!
Tenho medo de perder aquilo que amo...
Tenho medo de perder aquilo por que luto...
Tenho medo de perder aquilo que mais desejo...
Não quero e não posso deixar que o destino leve embora aquilo que considero parte de mim, mas essa é lei:
“Uns perdem, outros ganham;
Alguns nascem enquanto outros morrem;
Alguns choram, outros riem;
A maioria apenas sonha, enquanto outros conseguem realizar;
Uns amam, outros odeiam...”
E assim é a vida...
Se ela é justa? Eu não sei.
O que sei é que ela sempre nos surpreende, pois ninguém sabe para onde a próxima porta nos levará.
Por isso: abra a porta!
Open thedoor!
- As pessoas mudam e nem sempre para melhor.
Ontem, encontrei-me com um amigo meu e fiquei pensando em como ele estava mudado. Do menino sonhador, não restava nada. Ao contrário, ele havia se tornado um homem frio, cínico e que não confiava em ninguém.
Conversamos sobre os amigos em comum que não víamos mais, dos sonhos que não conseguimos alcançar, dos objetivos que mudamos, de como nossa vida estava, e eu percebi, que a vida não havia sido muito favorável a ele.
Ela havia tirado e exigido muito dele e não devolvido nada. Meu amigo havia sido obrigado a lutar cedo por uma simples coisa; Havia aprendido que algumas pessoas conseguiam esconder por trás de sorrisos, verdadeiras maldades; Foi obrigado a aprender também que é mais fácil imaginar do que alcançar, que é mais fácil acreditar em palavras do que em gestos. E que as oportunidades só apareciam uma vez, e mesmo assim, muito bem escondidas.
Fiquei triste ao pensar no quanto tudo poderia ter sido diferente, se ele houvesse escolhido outro caminho, se ele houvesse lutado com mais força (mais do que ele lutou?), se ele continuasse acreditando no amor e na amizade...
Mas não, aquele doce menino morreu.
E em seu lugar, um homem mais experiente e ferido até a alma, apareceu.
Eu continuo querendo o melhor para ele, mas não consigo mais amá-lo como antigamente, pois em nada se parece com meu velho e querido amigo. Além do mais, ele não acredita em amizade, não acredita na bondade e não confia em ninguém, ao contrário de mim.
No fim, resta apenas uma pergunta: por que a vida não nos dá uma oportunidade para recomeçar?
- guardamos tudo o que sentimos ou vivemos.
Nós temos uma mania chata de guardar tudo aquilo que vivemos, tudo aquilo que sentimos, todas as pessoas importantes que nos marcaram, todas as dores que nos causaram, todas as brigas que tivemos, todas as lágrimas que derramamos e os principais momentos que vivemos.
Como em um filme, nossas memórias, sejam boas ou ruins, ficam armazenadas em nosso cérebro, para que sempre que desejarmos, nós possamos repassá-las em nossa mente. Entretanto, só deixamos rodar no DVD as memórias boas, as ruins são repassadas (recriadas) através de sonhos enquanto dormimos, ou seja, só as visitamos de forma inconsciente.
E são as ruins que ficam guardadas para sempre no cantinho mais escuro de nossas mentes. Ficam lá escondidas, nos atormentando em sonhos, pois não temos coragem de colocá-las no DVD e apertar play.
Temos medo de enfrentá-las, de ligar a TV, de ver novamente cenas que nos marcaram de forma negativa, mas se seguimos assim nunca iremos encontrar paz, seremos sempre atormentados por essas cenas tristes, negativas.
Pois se algo não é devidamente combatido, ele volta mais forte para nos atacar, por exemplo: se uma doença não é devidamente tratada, talvez até possamos pensar que ela foi curada, mas com o tempo ela volta e volta mais forte.
Por isso, devemos limpar as partes escuras da nossa mente, retirar o pó dos filmes e colocá-los no DVD!!
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