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O homem vazio

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Era vazio e não se dava conta, porque de mundo nada conhecia.  Nem do cheiro das flores, nem do som da chuva. Dos amigos que não sentia, dos amores que traia tudo se tornara naturalmente tão banal.

 De mundo nada sabia e por isso mesmo se perdia nas noites ilusórias, na imortalidade mascarada, na felicidade falsificada. E todo o ”achismo” de uma vida mal sentida era o aconchego que aquele homem de alma perdida encontrara para si. Ele jurava que era feliz.

O espaço gigantesco de espírito mal evoluído ajuntado de lugares vazios, copos cheios, mentes pequenas e olhares descuidados, ora, o espaço era gigante, mas o mundo, naquele momento era todo seu. E amanhã, ao acordar? O que será de você?

Pobre homem! Achou que felicidade era desfrutar de todas as fêmeas deste mundo e saboreá-las como se todas fossem suas? É porque nunca sentiu o que é tomar um sorvete e conversar besteiras com quem se ama numa tarde de domingo.

Achou que felicidade era se mascarar nas roupas fúteis que te rotulam e sair mundo afora para sentir-se o centro das atenções? É porque você não sabe o que é um verdadeiro aperto de mão.

Pobre homem que achou que felicidade era vadiar pela noite como se o mundo fosse acabar naquele momento! É porque nunca pode fazer parte de uma confraternização em família.

Achou que felicidade era ter um carro? Preciso urgentemente te apresentar o sorriso de uma criança.

 

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Mariane Rodrigues ESCRITO POR Mariane Rodrigues Escritora
Maceió - AL

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