Nossos ecos
Nossos ecos
Oh Senhor! Não deixe os gritos de dores ecoarem aos ventos. Queira socorrer ao menos os que em Ti creem. Queira ter piedade dos que acreditam que o sacrifício da cruz foi por amor ao rebanho. Não deixe que o ato da cruciação tenha sido em vão. Se no julgamento também contam as boas ações, não nos deixe perder o vínculo da fé. Se a definição do amor está no cálice do cordeiro, faça-se presente na vida daqueles que ainda acreditam na promessa que diz: “Peçam e será dado; batam e a porta será aberta; quando dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, estarei entre eles”. Pois hoje Senhor, os aflitos não só pedem, imploram; não só batem, estrondam gritos de dores; não só dois estão reunidos em Teu nome, são milhares que clamam; e as promessas não se concretizam.
Como Senhor, manter e irrigar a fé, se a Tua indiferença aos ecos de dores é a atitude mais presente?
Te peço: volte a face e o olhar aos que, por falta da Tua atenção, perecem aos recantos, como entulhos de lixo humano! Pois o trajeto do Teu caminho é árduo, obscuro e contém obstáculos além da capacidade que Destes aos bons homens. E já que És quem faz a hora, e o que Queres, acontecer, que seja agora o ato da misericórdia.
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