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Uma vez amor, para sempre saudade

Uma vez amor, para sempre saudade.

 

 

As saudades já não se findam, 
elas se fazem nós, tamanha é a sua consistência. 
Se torna matéria, uma terceira camada que intermeia 
entre nossa carne e alma.
E tal qual um machucado,
causado por determinado impacto, 
que nos relembra sermos feitos de carne, 
onde o alerta é a dor, 
a certos estímulos a saudade se manifesta,
é quando a sentimos presente,
bem alí dentro de nós,
e descobrimos que ela nunca sei foi.
Urso iberno, Vulcão inativo, Estiagem, nada mais...
Saudade traiçoeira,
engana-se o coração que endurece no afã de proteger-se.
Uma vez amor, para sempre saudade.
A ausência nos ensina a sermos atores da vida,
e encenamos até para nós mesmos, 
isso é preciso.
E na arte de sorrir em meio a dor,
nos fazemos acreditar em nossas próprias meias-verdades.
Ah, essa saudade... 
nos faz trilhar por caminhos complexos,
tateando no desconhecido, 
nos fazendo descobrir verdades através de nossos próprios erros.

Saudade, endosso do amor em nossa alma.
Nossa alma triunfante,
suportando todas as mazelas de nossas faculdades.
E como recompensa,
descobrimos forças em território ignoto 
muitos antes de percebermos querê-las.
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Jal Magalhães ESCRITO POR Jal Magalhães Escritora
Maceió - AL

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