Cego negro insano
Sob essa imensidão azul
Perambula um preto maluco
Rodeado por um colorido mutável;
Seus olhos negros só veem o cinza.
Nada claro nessa doida confusão,
O obscuro dessa vida imprevisível
Confunde os fatos, as cores – ilusão;
Os olhos negros nada veem – só o cinza.
Mete-se no breu o louco preto indeciso,
Perde-se o azul do firmamento;
Os olhos negros nada veem – nem o cinza.
Agora sob a imensidão não mais azul,
Imóvel encontra-se aquele insano
Rodeado por germes a devorá-lo.
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