O TEU ROMANTISMO
Eu não tenho o teu Romantismo, embora me sinta muito bem a teu lado.
Não sei te telefonar de hora em hora, todavia, de segundo em segundo, penso em ti.
Não vivo te escrevendo versos nem mensagens, porém, posso levantar em plena madrugada, caso precises.
Foi criação divorciada de mimos, querida! divorciada de beijos maternos ou paternos; o abraço, a palavra de carinho, não existiram e, dessas ausências e mais ausências, cresceu esse bruto tão sensível, tão carente que sou. Que te ama com os olhos, com as pernas, com o fôlego, com os braços, com a vida.
O teu Romantismo vernáculo esbarra no meu romantismo minúsculo, esquelético, apoplético... mas, antes de tudo, Romantismo. Teu Romantismo são laços e fitas; o meu, cordão e arame.
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