TODO MENINO É UM REI
Quem diria que o jogo de chimbras passaria? Que o brilho das cores brilhariam sempre com a mesma intensidade? Que o tampo dos dedos, arrancado nas peladas de rua, cessaria? Quem diria que meu passarinho de estimação, cantor alegre das manhãs, completaria 30 anos? De falecido...? E a matéria cantora de outrora, hoje dispersa, pulverizada ao sopro dos ventos, pergunta: - O que foi aquilo? Como, microfragmentos de mim mesmo, hoje aspergidos aleatoriamente, puderam cantar, comer, beber, alegrar? Que fórmulas estabelecem essas coordenadas temporais? Todo menino é um rei, de trono bem temporário e enganoso, mas é esse engano a válvula de escape para a terra existir e os homens não enlouquecerem.
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