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Febre

Febre

 

A Karla Pinheiro

 

 

E a febre louca, insana, me toma as rédeas,

Me engana. E aqui, na torpe loucura de meus delírios

Me vejo às escuras, quarto fechado, tempo aberto

Aos devaneios.

E o corpo todo ainda suporta meus ais, meus sais,

minha quimera desesperadora.

Árdua tarde que teima em manter-se longa

Árdua garganta que não me deixa gritar

Árduo ardor de dor e suor e imagens,

fantasmas ao meu lado e por todos os cômodos.

 

Incômodo dia, noite de solidão.

 

Teimo, em meio a tudo que gira,

A não ceder espaço ao cansaço

E nem criar lamúrias, agruras

Internas e profundas.

Quero mais o salto, o risco e o precipício

Mais o samba que a valsa

Mais o bamba que a balsa

Mais o carnal, carnaval

 

Remediavelmente livro-me das dores

e as cinzentas cores se dissipam feito nuvens,

levando consigo todos os motivos encobertos de minhas amolações.

 

Livrei-me do caos e do mal pungente,

latente, que havia, por hora, tornado

meu eu em pleno desgaste.   

 

 

Penélope SS

4-9-15   23h:09

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AdrianoRockSilva ESCRITO POR AdrianoRockSilva Autor
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