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MEU PEQUENO, GRANDE CAJUEIRO !

 MEU PEQUENO - GRANDE CAJUEIRO   - * Por Andre Pinto

(À Amarita Lages – Presidente da ONG Saint Germain – Cajueiro)

 

 

Certa vez, um pássaro me contou,

Que de uma semente solta - de caju,

Um lindo cajueiro, aqui brotou.

 

Era um cajueiro com vida,

E com seus galhos retorcidos,

 - Como se fossem braços atrevidos,

Envolvia nossa gente querida.

 

Dengoso, o cajueiro se espalhou na areia,

Ganhou corpo, flores, deu frutos,

Serviu de sombra, deu abrigo,

E alimentava em grande ceia!

 

As pessoas daqui e de lá,

Protegiam o cajueiro amigo,

Ah!..., Uma coisa te digo!

Que cajueiro! , um Jardim de Allah!

 

Aquele “gurizinho” do cajueiro,

Que brincou de herói, arteiro,

Que ia de galho em galho,

Hoje, é homem do porto,

E trabalha num canteiro...

 

Mas, toda manhã de segunda,

Da estrada, ele vê o cajueiro,

Todo cansado, com cupinzeiro.

O “ex-guri”, jaz em tristeza profunda!

 

Quem nunca assou uma castanha?

Quem nunca deu, à cica, um gemido?

Que não escreveu no tronco, a façanha...

Das juras de um amor proibido?

 

Quem nunca viu por lá, “muxuango”?,

Rondando de chapéu de palha,

Trotando em animal “mulango”,

Com caju pela cangalha?                         

 

-Tem castanha, tem caju !

Gritava o matuto campeiro.

Mas lá da sede até o Açu,

Quem sempre brilhava,

Era mesmo, o Cajueiro!

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Andre Pinto ESCRITO POR Andre Pinto Escritor
São João da Barra - RJ

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