MEANDROS DE UMA BATALHA
Águas viajantes, dos mais longínquos montes,
Por entre as pedras seixos, se espreitam em ribalta,
Olhos d`água, finas correntes, puras fontes
Um rio de fusão, fatura não lhe falta!
Burlando a razão da reta e rumo ligeiro,
Serpenteia em meandros sombreados,
Procurando o seu destino bem certeiro,
Vai descendo aos solos rebaixados.
Triste rio, se vê nos temporais de verão...
Quando incorpora dez vezes seu tamanho,
E ao atingir descomunal força de arrastão,
Desconhece seus meandros, é todo estranho!
Triste rio, também se vê nas secas da estiagem,
Quando seus meandros somem no inverno...
Segue, então, o rio em pequenos filetes a viagem,
Fazendo força às barragens, um inferno!
Depois de seu traçado, longo, sinuoso,
Se vê - nas águas calmas e largas da planície
Mas ainda não descansa, pois é teimoso!
E parar por ali, é uma tolice!
Segue à frente, se mistura ao "calmo" mangue!
Mesmo assim, quer o confronto travar!
Na foz, briga de titãs, cheira à sangue!
E quem leva a melhor é o mar!
Triste rio, onde foi parar...
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