O BOM MESMO É MORAR NA VIÇOSA
Ao sair para trabalhar, uma de minhas vizinhas já me esperava à porta em frente a minha casa com um “Pão de Santo Antônio” para me entregar. Que alegria!
Abracei-a e agradeci pelo carinho, pois ela traz, religiosamente, todos os anos da missa de Santo Antônio um pãozinho para mim e para outras vizinhas também.
A história do “Pão de Santo Antônio” remonta a um fato curioso que é assim narrado: “Antônio comovia-se tanto com a pobreza que, certa vez, distribuiu aos pobres todo o pão do convento em que vivia. O frade padeiro ficou em apuros, quando, na hora da refeição, percebeu que os frades não tinham o que comer: os pães tinham sido ‘roubados’. Atônito foi contar ao santo o ocorrido. Este mandou que verificasse melhor o lugar em que os tinha deixado. O Irmão padeiro voltou estupefato e alegre: os cestos transbordavam de pão, tanto que foram distribuídos aos frades e aos pobres do convento”.
A riqueza do simbolismo que reside na partilha do Pão de Santo Antônio preenche o meu coração de felicidade. Reconheço que Viçosa é o meu lugar. Mais uma vez me certifico que é aqui, no interior, que as vizinhas não deixam morrer a cultura da partilha. Aqui nós fazemos da doação o verdadeiro sentido da confraternização diária.
Gratidão!
Merandolina Pereira de Melo
Viçosa/AL, junho de 2016
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