Moema
Nascida,
Crescida,
Sofrida,
Menina, moça, mulher.
Menina mal amada.
Moça desesperada.
Mulher determinada.
Luto,
Dor,
Tudo que desejava
Era ser Amada,
Aparecida, adorada.
Mas ninguém a observava.
A Não ser a sua Sombra.
Sombra Fria, e sombria.
Está Pressa a sua Obsessão.
Quer Atenção!
Mas Quem a dá?
Todos estão Ocupados
Mergulhado na Dor da Morte,
Na Dor que Destrói e coroe.
Desespero,
Aflição.
Nunca foi Amada Como:
Filha, Neta e nem tão pouco,
Por um amor.
Gerada no Ventre
Da Decepção e da angustia.
Sua Vida é um Eterno mar de amargura.
Quer Amar e ser Amada.
Está tensa,
Seca,
Estéril.
Corpo inerte e pendido
Num Mar de Sargaço,
De Redes, de Afogedos
E de barcos Vazios.
Sua fuga é um Quarto
Escuro, Frio e sombrio.
Está diante de si mesma.
Olhar Tenso e extenso.
Olha,
Ignora,
Se Apavora...
Em seu Corpo
A merca da sua sina:
Suas Mãos!
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