Comentário critico sobre a palestra do professor Carlos Alberto Faraco.
As colocações do doutor Faraco & moura na palestra sob o título “ Português do Brasil:a construção da norma culta e as práticas de ensino”. Faz-nos refletir a respeito de nossa prática pedagógica e nossa atuação em sala e o ensino de língua materna.
Em suas observações, o professor, afirma que estamos ainda contribuindo através do ensino com uma “norma” que não é real e sim ideal baseada em preceitos e/ou preconceito oriundo do período colonial, quando houve uma imposição da língua européia em nosso país, no qual, instauro-se um auto-preconceito com o próprio falar e suas variações.
Embora, vivenciando uma era de novas reflexões lingüísticas. Não temos avançado no ensino-aprendizagem de língua, pois o nosso entendimento a respeito da mesma é pautado em generalizações, logo a mesma continua mal entendida, mal conhecido e mal conhecido.
Destarte, o ensino de língua portuguesa deve buscar refletir nossa realidade lingüística. E devemos situá-la em patamar mínimo de racionalidades. Já que instituições como ABL ( Academia Brasileira de Letras) que sustenta a tese de que as variações lingüísticas não deveria fazer parte do currículo de ensino. Descaracterizando o português do Brasil.
Apesar de ter ocorrido algumas razoáveis mudanças no pensar e fazer o ensino de língua no Brasil. ainda predomina uma concepção tradicional estruturado na cultura do certo e do errado, quando na verdade deveríamos relativizar esses conceitos.
Já, os livros didáticos têm trabalhado questões de variações lingüísticas de forma superficial. Também, os sistemas de avaliações não foram além da superficialidade. O Enem, por exemplo, tem a norma padrão como grande objetivo.
Para mudar essas posturas é preciso romper o paradigma de que a norma é algo pronto, ou seja, fala-se dela como se não houvesse nenhuma dúvida como algo que não carece reflexão.
Para isso, é preciso redesenhar a formação dos professores de Língua Materna, para que haja uma reestruturação do ensino , rompendo com a visão retrógada de uma língua idealizada e não real, que desconsidera sua dinâmica socioeconômica e social, fazendo perpetuar um ensino estéril que ao invés de incluir os indivíduos marginalizados, favorece sua exclusão daqueles que promovem suas maiores transformação- o povo brasileiro!
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