Os versos calados
Cai a gota da noite,
ninguém viu aquela
que tanto amei.
O sereno noturno;
molha o orvalho
o seu cabelo,
as suas mãos,
o seu rosto na restinga.
Descrevo com o dedo
os meus versos de amor
para o mar
na areia do deserto.
Cada canção
lembra alguém,
um momento
um lugar
que passei
a contar.
O vento, tal a cantilena
dos meus versos;
só conto as estrelas
no meu universo;
o mar, a areia, o deserto.
Madrugada fria,
no calor dos seus braços,
de volta, encontro
declarações de momentos,
tristeza desfeita,
alegria espalhada,
o céu do avesso.
O vento, tal a cantilena
dos meus versos;
só conto as estrelas
no meu universo,
alto, estima, luz
ao cair da noite,
recolho as estrelas.
Enquanto o vento faz trova
na madrugada fria,
tento de tudo,
a pé caminho,
passei por isso,
e por onde passei,
não estava.
Quantas madrugadas frias,
vem o calor dos seus braços;
o pedido de tempo,
a perda consolada,
de volta ao começo;
fico em silêncio,
abro os olhos
e perco as contas
de quantas vezes
o vento vai…
Ficam as estrelas,
o mar, a areia,
o deserto,
e, no meu universo,
apenas os versos
calados.
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar,
distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao
autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra.
Você não pode criar obras derivadas.
saudade
estrela
lembranças
céu
esperança
desejo
alegria
luz
mar
areia
canção
declaração
universo
afeto
fantasia
emoÇÃo
restinga
união
versos
deserto
madrugada
trova
cantilena
vento
Denuncie conteúdo abusivo
Comentários
Versos muito bons, com boas imagens, soltos.