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A EXTINÇÃO DOS ÍNDIOS CAETĖS E O INÍCIO DA CIVILIZAÇÃO DE SÃO MIGUEL DOS CAMPOS - AL.

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A EXTINÇÃO DOS ÍNDIOS CAETÉS E O INÍCIO DA CIVILIZAÇÃO DE SÃO MIGUEL DOS CAMPOS - ALAGOAS.

Quando o rio São Miguel foi descoberto por Américo Vespúcio é Gonçalves Coelho em 29 de setembro de 1501. Eles encontraram nas margens do rio fluvial. Uma tribo de índios denominado de Caetés.
Os indios dessa região eram chamados de Senambys. Que significa na língua tupi. Calangos Verdes.
Os Caetés receberam este apelido pelo fato deles se pintarem de verde quando estavam em guerra. Alguns deles ficavam deitados nos galhos das árvores observando se vinham alguns inimigos para aldeia.
Eles ficaram imortalizados na história de Alagoas e do Brasil, pelo fato deles terem devorado o bispo Dom. Pero Fernandes Sardinha. Pois os mesmos eram antropófogo.
Este lamentável episódio. Aconteceu em 16 de junho de 1556. Nos baixios de Dom. Rodrigues perto da foz do rio Coruripe. Quando a nua de Nossa Senhora da Ajuda naufragou!
Dom. Pedro Fernandes Sardinha e mais cinco tripulantes nadaram até à proximidade da foz do rio São Miguel. Mas assim! Que chegaram em terras. Eles foram pegos pelos índios Caetés.
Dessa terrível chacina. Só escaparam um português e dois índios da Bahia. Que falavam a língua Tupi.
Infelizmente! Dom. Pero Fernandes Sardinha foi saciado pelos índios na proximidade das ruínas da capela de Santa Ana. Localizada na Barra de São Miguel. Por sinal! No lugar onde o bispo foi assassinado e comido. Nunca nasceu um pé de mato. Por caso desse fato. Os Caetés, foram batizados de "Papa Bispo".
Em 1557. Um ano depois do ocorrido. A rainha de Portugal Catarina da Áustria juntamente com a bula papal. Mandou matar todos os índios pertencentes a nação dos Caetés. Este lamentável acontecimento ficou reconhecido na história do Brasil. Como: "A Guerra dos Caetés"
Jerônimo de Albuquerque. Irmão de dona Brites e cunhado de Duarte Coelho Pereira. Foi quem assumiu provisoriamente à província de Pernambuco. Pois Duarte da Costa Pereira tinha viajado para Portugal. Afim de tratar de uma doença.
Assim que recebeu o comunicado da rainha e da bula papal. Jerônimo de Albuquerque e seus comandados assassinaram quase todos os índios da nação dos Caetés.
Certa vez! Jerônimo de Albuquerque mandou colocar na boca dos canhões alguns índios prisioneiros. E dispara - los à vista dos demais para que os mesmos vissem voar em pedaços.
A bala e o fogo despovoou inteiramente toda às terras indígena. Os que escaparam foram escravizados e tiveram que se adaptar os novos rumos da civilização branca.
Além dessa versão! Existe outra em contrário. Segundo os historiadores. Dom. Pero Fernandes Sardinha viajava para Lisboa. Afim de contar para o rei às desavenças provocadas pelo filho do governador da província da Bahia. Álvaro Coelho da Costa. O mesmo, era acusado de matar os índios e de praticar sexo com as índias.
Então! O governo da província da Bahia Duarte Coelho da Costa quando soube da viagem do bispo. Enviou uma tropa de soldado portugueses para Pernambuco afim de assassinar o bispo e a sua comitiva. Os soldados se aliaram a tropa de Jerônimo de Albuquerque.
Reza a história! Que Duarte Coelho da Costa mandou matar o bispo para não perder o cargo de governador.
Depois da extinção dos índios Caetés. Muitos imigrantes chegaram à terra de São Miguel. Principalmente os portugueses que vieram em busca de se instalar na região. Pelo fato de São Miguel ter um solo bastante produtivo. Considerado o mais fértil do Brasil.
De acordo com o registro da capitania de Pernambuco. Datado de 30 de agosto de 1606. Afirma que o el rei de Portugal Fellipe II por carta. Comunica ao governador geral da província Dom. Diogo Botelho da presença de dois moradores em solos miguelense. Os irmãos: João e Sebastião Ferreira da Rocha. Naturais da cidade de Viana de Castela - Portugal. Ambos se instalaram nas terras marginais do rio São Miguel. Num lugar denominado de Coité.
Em 1612. Às terras do vale do rio São Miguel foram repartidas para diversos pessoas da localidade. Este ato de doação era chamado de Sesmaria.
Entre as pessoas contempladas. Podemos destacar o nome de dona Filipa de Moura. Viúva de Pedro Marinho Falcão. Que ganhou às terras marginais do rio São Miguel. Dona Filipa de Moura. De raízes fidalgas e descendente da família do Desembargador Antônio Moura Castro.
...Seus genros: Antônio Ribeiro de Lacerda e Cosme Dias da Fonseca também foram contemplados. Além deles! Também foi contemplado Antônio Barbalho Feio. Que recebeu cinco légua do engenho São Miguel até às terras dos campos de arrozaIs de inhauns. Atual cidade de Anadia. Antônio Barbalho Feio foi o fundador do engenho São Miguel. Que depois passou a denominação de engenho Sinimbu.
Também foram contemplados com sesmarias os seguintes lavradores: Meia légua para Gonçalo Ferreira. Meia légua para Belchior Pinto. Três léguas para Belchior Álvares Camelo. Uma légua para Manuel de Caldas. Duas léguas para Manuel Pinto Pereira. Duas léguas para Gonçalo da Rocha Barbosa. Duas léguas aos filhos de Brósio Correia Dantas. Meia légua para Sebastião Ferreira da Rocha. Mais meia légua para Belchior Pinto e mais três léguas para Belchior Álvares Camelo.
Em 1630. Quando os holandeses invadiram a capitania de Pernambuco eles também estiveram em Alagoas. E o principal objetivo dos holandeses era a comercialização do açúcar. Eles queriam controlar à venda do produto para Europa. A meta deles eram de dominar toda os engenhos de açúcar da região nordestina. Onde chegou apossar-se de alguns deles.
Aqui em São Miguel dos Campos. Eles se apossaram de dois equipamentos: A capela de Santo Antônio que fazia parte do complexo do engenho Furado e a sesmaria de Sebastião Ferreira da Rocha.
Eles construíram um túnel subterrâneo abaixo do altar mor da capela de Santo Antônio. Que ia dá de encontro com o rio São Miguel. Quando eles avistava às tropas portuguesas adentrava no túnel e saía no salão da capela e vice versa.
Já Sebastião Ferreira não quiz entregar às suas terras. Ele foi preso pelos holandeses e castigado. Queimara-lhe às plantas dos pés e das mãos do temido lavrador. E atearam fogo nos seus canaviais destruindo seus bens materiais. E ainda levaram as seus gados e seus cavalos.
Este bravo lavrador de cana. Ainda teve que pagar uma quantia em dinheiro para permanecer vivo. Ele ficou aleijado pro resto da vida. Andando de banda pelo chão.
Sebastião Ferreira ficou imortalizado na história do município como: "O Mártir Miguelense".
Há documento datado de 1683. Afirmando que São Miguel já era curato sobre a vocação de Nossa Senhora do Ó. Nesta época! Já havia no povoado duas igrejas: A Igreja de Nossa Senhora do Livramento que ficava localizada na Rua da Ponte e a Ermida de Santa Cruz localizada no logradouro da rua do mesmo nome. Também havia na proximidade da igreja. Um cemitério, que fazia parte do seu complexo.
Infelizmente essas duas instituições religiosas,sofreram bastante com às enchentes do rio São Miguel. E ambas foram demolidas em 1702. No mesmo ano em que São Miguel foi elevado a condição de Freguesia. Fato que aconteceu no dia 07 de janeiro de 1702.

* Texto Escrito Por Ernande Bezerra de Moura.

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Ernande Bezerra ESCRITO POR Ernande Bezerra Escritor
São Miguel dos Campos - AL

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