Palavra do Autor
Um retrato da vida e as muitas formas de vê-la;
O seu avesso e a influência maligna nos bastidores.
Somos todos cavernistas, digo.
Ao lermos "Os cavernistas de hoje", podemos ver oquanto estamos longe de uma realidade humana
Criada e esperada por Deus.
Écom imensa satisfação; grande paz e alegria em meu coração, como numa bela e saudável rima poética – não como um trapaceiro ou charlatão como argumenta o escritor português Mário de Carvalho em seu livro, numa exímia reflexão sobre o ato de escrever em que confirma categoricamente, ou, numa simplicidade ainda maior – "com muita categoria", segundo sua experiência e talento, que, "são poucos os gênios e muito mais os charlatões" ou, os que tem feito da litteris – literatura – uma exploração da boa-fé alheia, ou ainda, e com permissão do francês Balzac – e seus leitores e admiradores que me perdoem pela ousadia -; quando em seu discurso no prefácio do romance de 1835 em um dos 95 livros de sua La Comédie humaine, Le Lys dans la vallée editado na França por Edmond Werdet e lançado em 1836 com sua edição portuguesa 131 anos mais tarde, "O Lírio do Vale", acrescenta: "os escritores usam de qualquer artifício literário que pareça capaz de dar a maior intensidade de vida possível a seus personagens", o que me faz lembrar, digo, d'um conjunto de livros antiquíssimos, valorosos em seus conceitos, e raros, expostos na biblioteca do Merton College no Reino Unido, acompanhado, e não podia faltar, da incontestável e saudosa Escritura Sagrada, digna de aplausos, glória e honras eternas pelos seus feitos, pelos grandes milagres, grandes realizações operadas na vida de incontáveis mortais, mundo afora, por meio da sua PALAVRA, com seus admiráveis, cândidos e clássicos ensinamentos transformadores – O Evangelho; o simples, inconfundível e glorioso evangelho – a vida de Cristo –, inspiração para inumeráveis escritores e educadores de tempo em tempos ao redor do mundo, nesse vasto e conturbado globo terrestre, enfim; ou, como num bailado coreográfico harmonioso e bem ensaiado das graciosas e invejadas borboletas – a metáfora é minha – que com suavidade e leveza desfilam em fila indiana, suas glamorosas sete cores reluzentes na belíssima estação primaveril das flores sob a formosura do grande e escaldante astro-rei; ou quem sabe num belíssimo passo de dança do Black Swan – Cisne Negro Tchaikovskyniano ou ainda das incontáveis e glamorosas andorinhas; e me lembro aqui de quando de minha janela pude contemplar esse formosíssimo espetáculo a revoar em bandos os céus azuis de canto a canto em anunciação ao ardente e vivo verão que se aproxima, recordando-me a tempo do teólogo, escritor e educador Rubem Alves em sua celebre frase quando diz que "os olhos são cruéis", e matam, completo eu, e, "não desejo que você simplesmente entenda o que escrevo; entender é um ato racional – o que desejo é que o meu texto seja comido antropofagicamente – quero que você sinta o meu gosto".
"Quem me dera fossem agora escritas as minhas palavras! Quem me dera fossem gravadas em livro! Que com pena de ferro e com chumbo, para sempre fossem esculpidas na rocha!" Jó 19:23-24
Finalmente lhes apresento, como o poeta no fino bico dourado de uma pena, além dos livros "A Vida na Visão do Céu" minhas primícias e "A Última Batida do Martelo", sendo o primeiro nos revelando uma visão ampla do incontestável desígnio glorioso de Deus para a vida, sobre a vida, com a vida e sua importância ou valor, digo até "mais raro que o ouro, o ouro puro de Ofir" (2Cr 8;18) tão bela e preciosa é; sim, la vida es bella, como bela a sinfonia harmoniosa dos pássaros, o brilho encantador das estrelas, o azul florescente do céu nas noites claras de verão com a clássica Marcha Nupcial de Mendelssohn ao fundo – Sonho de uma Noite de Verão de Shakespeare de 1842 - "as notas mais lindas que existem no ar"; enfim, "A Vida na Visão do Céu" inteiramente oposta à visão humana e terrena, distorcida por sinal, que durante séculos, séculos e séculos na longa estrada da vida com seus braços em abanos e traspassando os gigantescos e envelhecidos brutos portões da história, andou a passos largos e ligeiros na contramão de Seu propósito; - o homem tem o poder de abrir e fechar o céu – ora abre, mediante a graça e bondade do Criador, e, mediante a arrogância, incredulidade, injustiça, desobediência e rebeldia; maldades, violências, desamor, incompreensão e sobretudo falta de perdão, fecha o céu sobre sua vida -; e já esse último (A Última Batida do Martelo) tratando de modo pleno sobre a relação, mormente, da trilogia "Sacerdócio – Pilatos – Cristo" - Três Pilares, Três Tempos e Três Poderes.
O primeiro, o sacerdócio terreno com seus ultrapassados, emblemáticos e contraditórios dogmas, ritos e tradições tantas, a caminhar com suas sandálias em couro envelhecidos pelo tempo e desgastes, a passos arrastados e olhos levianos (Sf 3:4) nas vielas estreitas sobre as pedras polidas e trabalhadas da belíssima e encantada construção panorâmica de Salomão capaz de encher os olhos das nações inimigas e invejosas de todos os tempos; o sacerdócio, trajados ainda de suas longas, belas e ricas túnicas de finíssimo tecido provocador de invejas e fomento ou estímulo, como preferir, à disputa de poder aos "Ha-Koph – o macaco" de Mixná ("repetição", do verbo shanah "estudar e revisar"), trocadilho com seu nome por ter se oposto ao Mishnat Ha-Hasidim-relato da vida religiosa cotidiana dos judeus na Alemanha medievo e seus costumes, crenças e tradições; Caifás's, saduceus escribas, criadores de tradições, exímios administradores do Tribunal Supremo, os chamados, sinedristas, colaboradores assíduos do império romano e principais responsáveis pela morte do nazareno Jesus; de se assentarem no trono e se fazerem como um D'deus, apontando arrogantemente com seu dedo maioral indicador e de igual modo acusador, os erros ou falhas da "Igreja de Cristo – o Seu corpo", de seus compatriotas e irmãos, focando mais no controle das condutas que na salvação eterna da alma, propósito maior do Criador, perdendo-se por completo a boa oportunidade ou ocasião de olharem para dentro de si mesmos, para suas mazelas, para os seus defeitos; acompanhados ainda de seus largos filactérios enrolado aos braços e presos a fronte, como manda a tradição; e abro aqui um parêntese para relatar o que diz o historiador e escritor Leandro Karnal no seu livro "Pecar e Perdoar – Deus e o homem na história" que: "grande parte da fala de Jesus nos Evangelhos é a proclamação da vitória do amor e da compaixão sobre a FRIEZA DA LEI – Jesus convida a um gesto que vá além da regra, mesmo que ela seja clara – Sua briga com os fariseus sempre insiste no mesmo ponto: eles compreenderam tudo o que estava escrito na Torá, mas não captaram nada do que seria essencial – Os fariseus tinham se apegado à forma e condenavam todos os outros – Achavam que levar a palavra de Deus consigo, era amarrar um trecho da Torá junto ao corpo – Jesus proclamava um conteúdo e condenava a ESTERILIDADE DA LETRA – O amor deveria ir além da lei"; com ainda suas orgulhosas tsitsit (franjas) as bordas, nos quatro cantos de suas vestes acompanhada de seu glorioso cordão azul-celeste segundo o costume, quando de suas extensas orações estando sua cabeça coberta com o tradicional talit, num inflamado discurso, e não passa disso, digo, e suas douradas jubilaeorum buccinas ou trombetas da HIPOCRISIA, da falsidade, em alta voz a público, querendo desta feita se mostrarem como sendo os melhores, os mais importantes, os perfeitos, implacáveis ou quem sabe, um deus ditador de profecias e revelações, no que dizem: "Oh Deus! Tenho dizimado a hortelã, o endro e o cominho", sim, aparentemente muito perfeitos, mas negligenciando, contudo, diz o Senhor, educador e mestre Jesus, os preceitos maiores da lei que é a justiça, a misericórdia e a fé, verdadeiros, completa Ele, "guias cegos, que coais o mosquito e engolis o camelo!", que "amam os primeiros lugares nos banquetes e as primeiras cadeiras nas sinagogas, as saudações nas praças e o serem chamados mestres pelos homens" se mostrando, ironicamente digo, muito belos por fora, mas cheios de ossos de mortos e de toda imundícia por dentro, se parecendo muito justos aos homens por fora, mas, cheios de hipocrisia e iniquidades por dentro, profanadores do sagrado, verdadeiros raça de Romas tombadas, Babilônias em pó; e aqui vale uma divina advertência: - cuidemos para não perdermos o verdadeiro sentido do mandamento divino e conservarmos dele apenas a sua forma exterior para NOSSA própria exaltação; sim, cuidemos! Enfim, verdadeiros sepulcros caiados de toda cobiça e INVEJA, inveja esta que é nada mais que "a tristeza pelo bem alheio que não se possui, seja na esfera material ou física; intelectual ou espiritual" – eh! sua vida espiritual boa com Deus é causadora de inveja, você sabia? a inveja por fim, muito bem lembrado na antiga e famosa pintura de Giotto do século 13 e exposto na glamorosa capela italiana de Scrovegni em Pádua na Itália onde se exibe uma velha senhora com sua vestimenta medieval esfarrapada em pé a uma antiquada porta de madeira bruta corroída pelos cupins, com olhar fixo a sua direita a uma víbora e seu orgulhoso chocalho a vibrar saindo de sua própria boca como uma espantosa língua, lhe picando a testa; orelhas enormes e avantajadas, sobressaídas – cena de miséria, horror e terror – sempre prontas a "OUVIR TUDO QUE NUTRE SUA PAIXÃO", repito em alto e bom som, "ouvir tudo que nutre ou alimenta sua paixão", tendo consigo ainda um saquitel de um opaco tecido engomado em couro envelhecido à sua mão esquerda (sim, sou detalhista como Flaubert – seria eu porventura um flaubertiano> prefiro ser cristão!), e sobre seus pés uma assombrosa fogueira como lhe atormentando pelo seu ardente desejo em SER ou TER o que não lhe é próprio, o que não lhe pertence; mas enfim, o sacerdócio, se é que posso dizer, inábil, mascarado, fingido, completamente arrogante e rebelde às verdades do Céu, "cooperando" com Deus, sem que o soubessem, no seu projeto transformador de almas através da entrega de Cristo à cruz; O Vértice da história.
Já no segundo plano vemos Pilatos, aquele que segundo a história, lavou suas mãos na bacia, hermeneuticamente, da hipocrisia; grande estadista romano adorador de César, cujo foco nada mais era que o PODER; Pontius Pilatus, governador da Judeia; enérgico, romano até a medula e com uma ideia fixa segundo Marta Sordi; briguento e obstinado de acordo com Giuseppe Ricciotti, entrando, sem que ninguém perceba, lentamente na história, dividindo o sacerdócio humano e imperfeito do maior e mais glorioso Sumo Sacerdócio, Único, Perfeito e Eterno, sendo em última instância advertido pela sua própria mulher para que não se envolvesse (Mt 27:19) e ficasse, segundo as Escrituras, "longe do sangue desse Justo"; e por fim, em poucas palavras mas o suficiente para a vida, Cristo "O Divisor de águas", "O Sol da justiça", "A brilhante Estrela da manhã" (Novo Som), "O Resplendor da glória e a Expressão exata do seu Ser" (Hb1:3); Aquele que revolucionou o mundo inteiro, O Maior de todos e sua obra salvívica na Colina do Gólgota, "lugar da caveira", que face a sua modelada geografia, se assemelha, no tempo bíblico, a um crânio, – o Gûlgaltâ no aramaico, Calvaria no latim ou Kraniou Topos no grego –, passando pela infeliz incredulidade de seus irmãos, o que é puramente normal e abro aqui um parêntese e acrescento, "na vida daqueles que não conhecem a Deus"; passando pela desmerecida humilhação, quando não poupado pelo seu próprio povo, O qualificando com os piores predicados possíveis, chamando-o de mercenário e demônio, apesar de contradizê-los, segundo o evangelho, dizendo: "Eu não tenho demônio; pelo contrário, honro a meu Pai, e vós me desonrais" (Jo 8:49), tendo até testemunhos a seu favor quando diziam que o seu modo de falar "não é de endemoninhado" acrescentando inclusive, face ao grande e glorioso milagre operado num dia de sábado a um cego, havia anos de nascença se: "pode, porventura, um demônio abrir os olhos ao cego?" (Jo 10:21): enfim; louco, subversivo, glutão e até de heterodoxo "que por inveja" (Mt 27:18) assim o qualificavam, vendo Nele, ainda que cegos ao Seu real valor como Salvador, "um sábio pregador da verdade"; transcorrendo mormente pelo traidor "bacio amaro" do Iscariotes, o cantar matutino do carijó e a histórica e tríplice negação de Simão, o pescador; a incredulidade de Tomé, o Dídimo, e a louca corrida das mulheres ao seu túmulo ora vazio; assistido sobretudo, pelos anjos e arcanjos no tocar das gloriosas trombetas no céu consumando a obra que lhe fora confiado, num glorioso clamor de vitória "Está consumado!" (Jo 19:30) através do Seu sangue que desceu na cruz; por fim, dentro de meu gênero ou estilo, mais uma simples produção de minha autoria, sempre com a graça e bondade de meu egrégio e heráldico Senhor e Salvador de todos, Jesus.
"BARECHI NAFSHI ET A-DO-NAI.
A-DO-NAI E-LO-HAI GADALTA MEOD, HOD VEHADAR LAVASHITA.
OTÉ OR CASSALMÁ, NOTÉ SHAMAYIM CAVERIA. (Salmo CIV:1-2)
"Abençoe, ó minha alma, ao Senhor. Ó Senhor, meu Déus. Tu és magnificamente exaltado. Tu te vestiste de majestade e esplendor. Tu te envolves de luz como um manto. Tu expandes os céus como uma cortina."
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