O Professor se Vingava do Aluo
O atual sistema avaliativo na Educação, ainda que não seja ideal, já mudou muito em comparação com o teor punitivo que as "provas" representavam no universo do educando, antigamente. A grande mudança positiva foi a introdução da recuperação, pois ela dá ao estudante uma ou várias oportunidades de complementar suas notas com os chamados trabalhos e tarefas. No passado, a escola só dava pontos aos alunos quando eles participavam, por exemplo, da "parada de 7 de setembro", e esses pontos eram tratados como uma barganha, não havia ludicidade. Além disso, usava-se um método antipedagógico, porque os pontos eram "dados" como se o professor fizesse uma caridade ao aluno e não como um merecimento pela participação dele em atividades interessantes em sala de aula. Havia seletividade: quem participava, ganhava os pontos; quem não participava não ganhava os pontos, e a escola não oferecia atividades pedagógicas alternativas para os alunos que não desejassem participar da "parada" tivessem a chance de ganhar os mesmos pontos. Tratava-se, portanto, de um critério severo e punitivo. A escola tinha um aspecto muito autoritário, seletivo e ainda bastante impregnado pela pedagogia jesuítica tradicional. As provas eram mensais, entremeadas com arguições semanais que valiam pontos e que expunham os estudantes a vexames. Muitos professores ameaçavam os alunos ditos "bagunceiros" com a seguinte frase: "Eu vou te pegar na prova". Enfim, era comum o professor se vingar do aluno "bagunceiro" com uma prova propositalmente difícil ou até mesmo com conteúdo cheio de armadilhas, tendo por objetivo único dificultar o desempenho do estudante, sendo este um dos fatores que causaram, durante décadas, a evasão escolar. Mesmo na década de 60 havia uma grande evasão escolar por conta do desempenho dos professores em sala de aula e pelo que se entendia como escola e sistema de ensino. Continue lendo...
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