Pés que Brilham, Cor que Alumia
Mas enfim, considerações a parte, novamente aqui estamos, eu e meus dois sentimentos que de acordo com o Silveira Bueno, nada mais são que o ato de sentir, sensibilidade; paixão; finalmente, minhas livres emoções e pensamentos, sim, somos livres; enfim, caminhando lado a lado numa satisfação ainda muito maior, indizível quem sabe? Como regidos pela batuta da Verdade e Justiça, a exemplo do Maestro da Vida que comanda com olhos de amor e compaixão essa orquestra multirracial, quando de sua sublime sensibilidade do coração da alma, numa louvável exposição do grandioso valor dos "fré yo nwa" - no Crioulo Haitiano - ou irmãos negros; na apresentação do
grande valor dos irmãos negros, a comunidade negra, que indiferente ao seu colorido onde se destaca às demais, se torna o grande brilho da história; a comunidade negra que nada mais é ou possui, numa gloriosa rima inspiradora capaz de me tirar do chão e alçar voos, "A bravura de um povo lutador". A história dos negros no mundo consiste na luta em defesa da vida e da liberdade.
Fico deslumbrado e porque não dizer, de queixo caído quando pelos olhos da memória avisto nos longínquos tempos e arredores, a luta desse povo em manterem sua identidade; o DNA de sua persistência e perseverança é parte integrante da sua alma, que, por conseguinte os tem feito Vitoriosos. É! Me sinto alegre, claro! Em saber que primeiramente somos todos iguais perante o Criador, e é bom que os brancos se lembrem disso; e me revolto quando vejo que "não todos, e sim, poucos os que concordam com esse princípio"; o Criador que não faz acepção de pessoas; sejam brancos de olhos claros como negros de escuros, ou na contra-ordem, negros de escuros como brancos de claros, todos provém Dele, vivem Dele, pertencem a Ele, e a Ele será devolvido, e depois, pelo que aprendemos com eles (negros) em sua perseverança, esperança e por fim, a tão gloriosa conquista que é, ainda que meio tímida e invisível, a liberdade para com a vida como escreve
Mônica Custódio - Secretária de Política de Promoção da Igualdade Racial no dia internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial criado em memória dos mortos e feridos no massacre de Shaperville na África do Sul em Março de 1960 onde faz uma dura crítica à ONU em que, "em sua esteira da campanha de valorização dos afrodescendentes, segue o recrudescimento da política de extermínio da juventude negra" - "A história dos negros no mundo consiste na luta em defesa da vida e da liberdade" e, "Toda a historiografia negra, desde o escravismo, é marcada pela luta no direito à liberdade e à vida - a história do negro em qualquer parte do mundo é, antes de mais nada, a história de luta pela vida" e ainda, "porque a vida, e a liberdade de nossa juventude negra, IMPORTA, ressalta a secretária.
Trecho do meu livro "Pés que Brilham; Cor que Alumia"
Iraldir Fagundes
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