Estrela Radiosa, o trem!
Lá vem, "Estrela Radiosa", saindo da central, Maceió! Cortando no horizonte com destino à Lourenço, no balançar e outro, pessoas a transportar no velho e bom trem!
Estação lotada. Mercado. Bom Parto. Pessoas sobem, pessoas descem. Mutange. Bebedouro. Pessoas cansadas, pessoas pensativas, alegres, pessoas atentas as suas paradas!
Lá vai o trem, apitando fumegante sobre os trilhos no entardecer do crepúsculo. Estrela Radiosa, beirando à Mundaú que traz em suas águas, seus mistérios, rumando a Sururu de Capote, Goiabeiras e Fernão Velho, próximas paradas!
ABC, Rio Novo, destino certo. Escola Agrícola, Satuba, parada rápida, lá vai o trem entre os canaviais e o deslumbrar do pôr do sol a perder de vista. Pertinho, Utinga dos Leões. Usina, moendas a todo vapor. Gustavo Paiva, lá vou eu!
Já ouço o apito do Estrela Radiosa, seus velhos vagões a deslizarem sobre os trilhos, conduzindo-nos com valentia, disputando ainda seu espaço com os modernos veículos leves sobre os trilhos, lá vai o trem!
Piuiii, piuiii, piuiii...Anuncia sua chegada a Rio Largo, pessoas descem direto e vão ao mercado para garantir a carne fresca! E, assim segue sua sina, transportar pessoas, Estrela Radiosa, o trem!
Lourenço de Albuquerque, destino final. Estação pronta para sua volta. Começa tudo outra vez. Destino, Maceió! Lá vai o trem, Estrela Radiosa, todo faceiro a serviço de um povo sempre alegre, no dia a dia à labutar!
Histórias de muitos, sempre a contar. Vendedores, seus produtos gritam: "olha o flau, olha água mineral, olha o picolé, dona mulher, olha a pipoca..." e, assim, faz seu dia, levando para casa, o sustento dos trilhos a se orgulhar!
O trem já vai partiiir, o trem já vai partiiir, grita o condutor! Piuiii, piuiii, piuiii. Apita na estação o velho e bom trem. Já está partindo, já está partindo, grita mais uma vez o condutor, Partiiiu...!
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