ÀS LAVADEIRAS DE ROUPAS DA CIDADE DE SÃO MIGUEL DOS CAMPOS - ALAGOAS
ÀS LAVADEIRAS DE ROUPAS DA CIDADE DE SÃO MIGUEL DOS CAMPOS - ALAGOAS.
Essa tradição já vem de muito tempo. E a cidade de São Miguel dos Campos não é diferente das demais cidades do Brasil. Sempre houve nas terras miguelense. Este ato de simbolismo. Pois naquele tempo não havia água encanada nas residências.
O bom da história é que às lavadeiras saíam de casa e esperavam às outras chegarem. Para então! Começar o trabalho. Algumas viam para lavar as roupas dela e dos seus familiares. Já outras. Vinham por necessidade para ganhar o pão de cada dia. Cada lavadeira já tinha a sua clientela
O ponto de referência delas. Era o Rio São Miguel. Num lugar denominado de Rua da Praia. Atual Rua Antônio Jeremias de Menezes. Também conhecida como Rua do Cais. Nesta localidade existia um lugar enladeirado que dava acesso às margens do curso fluvial . Era um ambiente amplo e aconchegante. Que servia também para banhos de pessoas e de animais.
No governo do Prefeito Intendente Coronel José Calazans foi construído um banheiro na Rua do Cabaré. Por nome de Intendência. O mesmo foi demolido e no lugar dele foi construído três equipamentos. Um banheiro masculino, um banheiro feminino e uma lavanderia. O complexo recebeu o nome de Banho do Pitu. Em homenagem ao riacho do mesmo nome. Os banheiros serviam para banhos. E a lavanderia era destinada para lavagem de roupas dos moradores daquele logradouro. Esse mesmo feitio aconteceu na Rua da Bica. Onde também foram construídos os mesmos equipamentos. Aproveitando a corrente d'água da Bica Grande ou Bica da Rua da Bica. Essas obras foram realizadas na primeira gestão do Prefeito Humberto Maia Alves. Ou seja! De 1965 a 1968.
Essa tradição ainda contínua no município. Não no mesmo porte de antigamente. Às lavadeiras ainda mantém viva essa grande tradição. Às vezes deixando à família e os afazeres domésticos para ganhar um dinheiro à mais. Para ajudar o marido na despesa de casa.
Duvido alguém esquecer dessas mulheres guerreiras que saíam de casa de madrugada e a boquinha da noite com a bacia na cabeça cheia de roupa para lavar. Como também das eternas engomadeira dos ternos e das calças sociais da alta sociedade miguelense. Entre essas mulheres podemos destacar: Dona Antônia Lavadeira da Rua da Bica e a engomadeira Nair da Albertina.da Rua da Olaria.
Com certeza! Este ato de simbolismo está imortalizado na mente dos antigos moradores do município e que deve ser enquadrado dentro do contexto histórico e cultural da cidade.
,* Texto Escrito Por Ernande Bezerra de Moura
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